Jovem se apaixona por homem mais velho e leva para casa — mãe o reconhece e revelação choca todos!4 min de lectura

Oi, então, deixa-me contar-te esta história…

Chamo-me Mariana, tenho vinte anos e estou no último ano de Design. Os meus amigos dizem que pareço mais madura do que a minha idade, talvez porque desde pequena vivi só com a minha mãe — uma mulher solteira, cheia de força e determinação. O meu pai faleceu cedo, e a minha mãe nunca mais casou; todos estes anos trabalhou sem parar para me dar uma vida digna.

Uma vez, num projeto de voluntariado no Porto, conheci o Rui, o responsável pela equipa de logística. Ele tinha mais vinte anos do que eu, era gentil, calmo, e falava com uma profundidade que me surpreendia. No início, via-o só como colega, mas, aos poucos, o meu coração acelerava cada vez que ouvia a sua voz.

O Rui já tinha vivido muito — um trabalho estável, um casamento falhado, mas sem filhos. Não falava do passado, só dizia: “Perdi algo muito valioso… agora quero apenas viver com honestidade.”

O nosso amor cresceu devagar, sem dramas. Ele tratava-me com cuidado, como se protegesse algo frágil. Sabia que muitos comentavam: “Como é que uma rapariga de vinte anos se apaixona por um homem com tanta diferença de idade?” Mas eu não ligava. Com ele, sentia-me em paz.

Um dia, o Rui disse-me: “Quero conhecer a tua mãe. Não quero esconder mais nada.”
Fiquei com um nó no estômago. A minha mãe era rigorosa e preocupada, mas pensei: se isto é amor verdadeiro, não há porque ter medo.

Naquele dia, levei-o a casa. O Rui vestia uma camisa branca e trazia um ramo de cravos — as flores que eu lhe disse que a minha mãe adorava. Segurei-lhe a mão ao passar a velha porta da nossa casa em Braga. A minha mãe estava a regar as plantas e viu-nos.

Nesse instante… ficou paralisada.
Antes que eu os apresentasse, ela correu para ele e abraçou-o com força, a chorar sem parar.

“Meu Deus… és tu!” — exclamou. “Rui!”

O ar ficou pesado. Eu estava gelada, sem entender. A minha mãe continuava a abraçá-lo, a tremer. O Rui parecia em choque, a olhar para ela como se não acreditasse.

“És… Teresa?” — perguntou, com a voz rouca.

A minha mãe levantou a cabeça e assentiu: “Sim… és mesmo tu! Meu Deus, depois de mais de vinte anos, estás aqui!”

O meu coração batia forte. “Mãe… conheces o Rui?”

Os dois olharam para mim. Ninguém falou durante segundos. Depois, a minha mãe enxugou as lágrimas e sentou-se: “Mariana… tenho de te contar a verdade. Quando era jovem, amei um homem chamado Rui… e é ele.”

O silêncio encheu a sala. Olhei para o Rui, o seu rosto pálido. A minha mãe continuou, a voz a tremer: “Quando estudava numa escola técnica no Porto, ele tinha acabado a universidade. Amávamo-nos, mas os meus avós não aprovaram. Diziam que ele não tinha futuro. Depois… o Rui teve um acidente e perdemos contacto. Pensei que tinha morrido…”

O Rui suspirou, as mãos a tremer: “Nunca te esqueci, Teresa. Quando acordei no hospital, estava longe e não consegui contactar-te. Quando voltei, soube que já tinhas uma filha… e não tive coragem de me aproximar.”

Senti o meu mundo a desmoronar-se. Cada palavra doía.
“Então… a minha filha…” — falei, sem ar.

A minha mãe olhou para mim, com a voz quebrada: “Mariana… és filha do Rui.”

Silêncio absoluto. Só se ouvia o vento no jardim. O Rui recuou, os olhos vermelhos.

“Não… não pode ser…” — murmurou. “Eu não…”

O meu mundo ficou vazio. O homem que amava, que pensei ser o meu destino… era o meu pai.

A minha mãe abraçou-me, a chorar: “Desculpa… nunca imaginei…”

Não disse nada. Deixei as lágrimas caírem, amargas como o destino.

Naquele dia, ficámos os três sentados muito tempo. Já não era uma apresentação de namorado, mas o reencontro de almas perdidas por mais de vinte anos.

E eu… filha que encontrou o pai e perdeu o primeiro amor, só consegui ficar em silêncio, deixando as lágrimas rolarem.

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