“Milionário Deixa Cofre Aberto Para Testar a Empregada — Mas a Reação Dela Deixou-o em Lágrimas.”
Artur Mendes era um homem que não confiava em ninguém. Um milionário que fez fortuna sozinho, construiu o império acreditando que todos queriam algo dele — o dinheiro, a influência, o poder. Até quem trabalhava na sua mansão em Lisboa estava sob suspeita constante.
Entre eles estava Inês, uma jovem empregada que estava lá há menos de três meses. Era discreta, eficiente e quase demasiado educada. Mas a desconfiança de Artur não dava importância a bons modos. Já apanhara outros funcionários a roubar — pequenas coisas, como talheres de prata ou garrafas de vinho caro — e cada traição deixava-o mais fechado.
Numa tarde de chuva, Artur decidiu testá-la.
Deixou propositadamente a porta do escritório aberta e o enorme cofre de aço escancarado. Lá dentro, pilhas de notas de cem euros e pulseiras de ouro brilhavam sob a luz fraca. Depois, escondeu-se atrás da porta e esperou.
O Teste Começa
Inês entrou no escritório com um pano de pó. Parou ao ver o cofre aberto. Por um instante, olhou em volta, nervosa. O coração de Artur acelerou. *Lá vem*, pensou. *Ninguém resiste a uma tentação tão fácil.*
Mas em vez de se aproximar do cofre, Inês recuou. Pousou o pano, foi até ao corredor e chamou baixinho:
“Sr. Mendes? O seu cofre está aberto. Quer… quer que eu feche?”
Artur não respondeu. Ficou escondido, decidido a ver a sua verdadeira reação.
Inês hesitou. *“Ele deve ter-se esquecido”*, murmurou para si mesma. Aproximou-se do cofre devagar — não com ganância, mas com cuidado, como se tivesse medo até de respirar perto dele. Olhou para as notas e sussurrou: *“Isto resolvia tudo.”*
Artur sentiu o pulso acelerar. *Tudo? O que é que ela quer dizer?*
O Momento da Escolha
Inês pegou num maço de notas. Artur sentiu uma satisfação amarga. *Claro. Todos fazem o mesmo.*
Mas em vez de esconder o dinheiro no bolso, ela virou-se e foi até à secretária. Pousou as notas no tampo, tirou um envelope do avental e meteu lá o dinheiro. Escreveu algo na frente:
Uma Dor Invisível
As mãos de Inês tremiam enquanto falava para o vazio: *“Não posso. Não assim. Ele vai morrer se eu não encontrar o dinheiro, mas roubar… roubar faria de mim igual a quem nos magoou.”*
Os olhos encheram-se de lágrimas. Deixou o envelope em cima da mesa e se afastou do cofre, limpando as lágrimas antes que alguém visse.
Artur sentiu algo inesperado — um nó no peito que não era raiva, mas algo mais pesado.
Ficou imóvel nas sombras. O plano era sair, apanhá-la “em flagrante” e despedi-la. Em vez disso, viu-a fechar o cofre com delicadeza, quase com respeito, antes de murmurar para si mesma:
Pegou no pano e voltou ao trabalho como se nada tivesse acontecido. Mas Artur não conseguia deixar de sentir aquele aperto no peito. O envelope parecia mais pesado que todo o dinheiro do cofre.
O Encontro
Uma hora depois, Inês voltou ao escritório. Artur entrou e fez-se notar. Ela sobressaltou-se.
“Sr. Mendes! Eu… não o ouvi vir.”
Os olhos dele fixaram-se nela. “Encontraste o cofre aberto.”
Inês gelou. “Sim, senhor. Pensei que tinha sido descuido. Fechei-o.”
“Mexeste no dinheiro”, continuou ele. “Roubaste algum?”
O rosto dela corou. “Não, senhor! Eu… só peguei num maço, mas só para… me lembrar do que estou trabalhando”E, naquele momento, Artur percebeu que a verdadeira riqueza não estava no cofre, mas na honestidade de quem nem mesmo a tentação podia corromper.”