Então, olha só que história… Um miúdo ligou para a PSP e disse que os pais estavam a fazer alguma coisa no quarto: os agentes decidiram verificar e descobriram uma coisa horrível 🫣
A chamada para a esquadra terminou tão de repente como começou.
— Socorro, os meus pais, eles… — a voz do rapaz mal se ouviu antes de um homem interromper:
— Com quem é que estás a falar? Dá-me o telemóvel!
E depois… silêncio.
O agente de serviço trocou um olhar com o colega. Segundo o protocolo, tinham de verificar, mesmo que fosse um engano. Mas havia qualquer coisa no tom do miúdo — um medo contido, a voz a tremer — que os deixou mais alerta do que o normal.
O carro aproximou-se devagar de uma moradia de dois andares num bairro tranquilo. Por fora, tudo parecia normal: relva aparada, vasos de flores, porta trancada. Mas lá dentro, um silêncio arrepiante.
Bateram à porta. Segundos passaram… Nada. Até que a porta se abriu, e um rapaz de uns sete anos apareceu. Cabelo escuro, roupa limpa, um olhar sério, quase de adulto.
— Foste tu que nos ligaste? — perguntou o agente, com cuidado.
O miúdo acenou com a cabeça, afastou-se para os deixar entrar e murmurou:
— Os meus pais… estão ali. — Apontou para uma porta entreaberta, no fim do corredor.
— O que aconteceu? A tua mãe e o teu pai estão bem? — perguntou o agente, mas o rapaz não respondeu. Ficou encostado à parede, os olhos fixos na porta.
O agente aproximou-se do quarto primeiro. O colega ficou para trás, perto do miúdo. Empurrou a porta e espreitou para dentro — e o coração quase lhe parou com o que viu 😢🫣
No quarto, no chão, estavam um homem e uma mulher — os pais do rapaz. As mãos amarradas com atacadores plásticos, a boca tapada com fita-cola.
Os olhos deles estavam cheios de terror. E, por cima deles, um homem de capuz preto, com uma faca a brilhar na mão direita.
O rapto ficou parado quando viu o agente. A lâmina tremeu ligeiramente, os dedos apertaram o cabo. Não esperava que a polícia chegasse tão depressa.
— PSP! Larga a faca! — gritou um dos agentes, já com a arma em riste. O colega ficou perto do miúdo, pronto a protegê-lo.
— Para já! — repetiu o agente, avançando.
Aqueles segundos pareceram uma eternidade. Até que, finalmente, o homem soltou um suspiro brusco, e a faca caiu no chão com um baque surdo.
Quando levaram o raptor algemado, o agente libertou os pais. A mãe abraçou o filho com tanta força que ele quase não conseguia respirar. O sargento olhou para o miúdo e disse:
— Tu és muito corajoso. Se não tivesses ligado, tudo podia ter acabado muito mal.
Só então perceberam: o raptor nem sequer ligara ao miúdo, pensando que ele era demasiado pequeno para fazer alguma coisa. Mas esse foi o seu grande erro.